segunda-feira, maio 21

Níveis de equipamento

A indústria automóvel há muito compreendeu que para vender não basta um bom produto. Se a tendência para fazer esponjar no capot das viaturas uma bela modelo já é uma técnica com barbas, outras há que têm sido recentemente adoptadas pela maioria das empresas deste ramo de actividade.
Ainda me custa a aceitar que a luz de cortesia para o passageiro ou o porta-copos constem da listagem de características do recheio dos automóveis, fornecidas numa brochura que prima pela qualidade do papel e pela desonestidade dos elogios.
Fico também incrédulo ao verificar a vergonhosa designação dos níveis de equipamento. Se os carros melhor apetrechados poderão sem problemas ter uma nomenclatura que aluda a topo de gama, será mais difícil compreender o porquê do nível base ter designações tão estapafúrdias como “Premium” (Peugeot 307), “Sport” (Honda Accord) e “Reference” (Seat Ibiza).