quinta-feira, setembro 20

Cuba, dia III - Havana, parque central

Os meus pertences desaparecem à medida que convivo com as gentes pois o povo cubano, apesar de sorridente e falador, não transborda alegria mas necessidade. De facto as pessoas parecem-me descontentes e enfraquecidas pela ditadura comunista vigente.
Desconfio que quando se oficializar a morte de Fidel uma revolução popular eclodirá. Espero nesse momento já estar a salvo em terras lusas e em pleno usufruto dos meus luxos capitalistas.
Esborrachei um pequeno lagarto contra a parede do quarto. Não há sinais da barata da casa-de-banho. Vou assumir que suicidou quando tomou conhecimento da morte do réptil.
Consegui, após uma longa maratona, levantar dinheiro no banco. Coíbo-me de deixar registados em prosa os detalhes deste episódio, pois não me quero aborrecer quando reler estas linhas.