sábado, junho 17

Dois sem três*

O português é um povo suis generis: se há caipirinha à borla, bebe até cair para o lado, se é permitido comer à descrição, engole sofregamente até ficar mal disposto.
Porém as tendências de excesso não se ficam apenas pela culinária, o dia-a-dia do nosso compatriota é feito de loucura e descontrolo.
Profissionalmente está instituído que nos devemos apresentar com o nosso primeiro nome e último apelido, de preferência sem fazer a piadinha: “Bond, James Bond”.
Aproveitando a onda de benesses generalizada, alguns engraçadinhos resolveram dar azo aos acrescentos. São disso exemplo: José Alberto Carvalho, António Lobo Antunes, Maria de Lurdes Pintassilgo.
Será que com José Carvalho, António Antunes e Maria Pintassilgo não se safavam?
No outro extremo temos aqueles que nem um único nome estão habilitados a ter, ficando-se pela alcunha de gosto duvidoso: Quim, Manu e Luisão são escolhas perfeitamente aleatórias.


* post dedicado ao meu bom amigo Miguel Roquette Martins

1 Comments:

At 7:10 da tarde, Blogger Pacheco said...

Ou como diriam os nuestros hermanos:

Dávide Rotxa!

 

Enviar um comentário

<< Home