O irmão do sobrinho da minha prima
Vezes há em que para relatarmos com precisão uma determinada situação somos forçados a proferir barbaridades do género: “o irmão do sobrinho da minha prima” ou “a cunhada do enteado do padrasto de um amigo meu”.
Será que tal exactidão é produtiva para o nosso discurso? Na maioria das vezes o outro interlocutor está-se a marimbar para o conteúdo da dialéctica, quanto mais tentar compreender os vínculos formais na amálgama gigante que é a rede completa das nossas relações interpessoais.
O meu conselho sincero é evitar a trapalhada seguindo a sugestão: caso se trate de um familiar, ainda que afastado, recorrer apenas a “um primo meu” ou, no caso de ser mais velho, “um tio meu”. Nas situações em que o visado é alguém não aparentado, usar “um amigo meu”. Esta metodologia é verdadeiramente útil pois, na esmagadora maioria das vezes, não seremos confrontados com o contraditório.
2 Comments:
Ha sempre o pormenor da história ser embaraçante, e quanto mais esquerdo for o primo, melhor!
Exactamente Pacheco... Se bem que se a história for mesmo muito embaraçante podemos ficar apenas pelo 'conhecido'...
Obrigado pelo link ;) Lunático sem dúvida!!
=)
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