quarta-feira, julho 5

Jogo da Glória

Os tempos de infância trazem-me memórias doces, como as tardes passadas em volta do Jogo da Glória.
Esta mítica jogatana de tabuleiro é muitas vezes associada ao Juego de la Oca. Este “equivalente espanhol” não passa de um verdadeiro hino à estupidez, um exercício reles de probabilidades, onde o participante é ridicularizado andando para trás e para a frente com uma miniatura colorida, a mando do resultado aleatório do lançamento de um par de dados.
Ao invés, no Jogo da Glória somos confrontados com um excitante desafio, onde a perícia e habilidade do jogador são constantemente postas à prova. Pelas inúmeras casas que compõem o tabuleiro somos surpreendidos com armadilhas, bónus e diversão. Quem nunca usou uma escada para encurtar caminho ou regressou tristonho à casa de partida devido a uma jogada mal calculada?
A cor dos peões assume carácter de importância extrema. A opção por um vermelho garrido possibilitar-nos-á passar incólumes às tropelias predefinidas na quadrícula, porém um amarelo esbatido tornará o nosso pequeno cone um elemento vulnerável às investidas dos adversários, condenando a nossa demanda ao fracasso.

1 Comments:

At 9:38 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Talvez seja esa a diferença, os peqenos espanholitos aprendem desde mto sedo que a vida é dificil.

 

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