terça-feira, março 15

Aprendendo a contar

Sempre pensei que o método mais eficiente para contar fosse o método clássico, ensinado na instrução primária, que consiste em transformar toda e qualquer operação matemática num lanche com frutas e bolos.

“O Rui tem quatro laranjas, dá duas ao Bruno, com quantas fica?”

“O Pedrinho faz anos e convidou três amigos para a festa. Se cada um comer duas fatias de bolo, quantas terá o Pedrinho que cortar?”

No entanto estava perfeitamente enganado pois, quando entrei outro dia numa casa de ferragens, aprendi algo que me guiará eternamente o cálculo mental.
O dono da loja estava atarefado a contar parafusos. Assim dizia: “dois, quatro, seis, oito, dez…” – contava os parafusos dois a dois.
Perguntei-lhe o porquê de tal método e ele explicou-me que assim contava 2 vezes mais depressa. Ainda indaguei no sentido de proceder a uma contagem da seguinte forma: “três, seis, nove, doze...” por forma a contar 3 vezes mais rápido… O senhor olhou para mim, sorriu e disse: “Não resulta”.