Títulos, para que vos quero?
Estudar para ser alguém na vida, foi sempre o conselho que me deram. Comentários como: “o filho da Dona Eulália sabe muito, é Doutor” são estigmas que nos perseguem enquanto não somos licenciados.
Findada a revolução dos cravos na nossa estimada pátria, assistiu-se a um boom de universidades, licenciaturas e, naturalmente, títulos honoríficos.
O ataque à ordem estabelecida iniciou-se com a classe bacharel que, do alto dos seus 3 anos de curso, decidiu retocar o seu status académico para um pomposo “engenheiro técnico”, do qual já só resta a “abreviatura” – engenheiro.
Como se não bastasse, os professores, esses seres celestiais que acabam o dia de trabalho às 3 da tarde, faltam que nem água no deserto e que alavancam férias extra com artifícios denominados “reuniões intercalares”, optaram pela designação “docentes”, mais condizente com a sua superior fanfarronice.
Para cúmulo, a malta do croquete decidiu também aderir à moda: a contina exige ser tratada por auxiliar da acção educativa e o padeiro por técnico de alimentos em panificação e confeitaria.
2 Comments:
...antes de haver licensiados ja havia bachareis... das escolas industriais q sao das entidades educativas de ensino superior mais antigas do pais... dps estas escolas passaram a politecnico...
E depois há o Marchand...
Enviar um comentário
<< Home