terça-feira, agosto 29

Serviço Nacional de Saúde

Nos países da Europa em que os ventos da esquerda sonhadora e generosa sopraram, assistiu-se à construção do denominado “estado social”. Cada nação, embebida de espírito solidário e humano, tomou para si a responsabilidade total de zelar pela saúde dos seus cidadãos.
Como infelizmente embarcámos nessa onda caprichosa, eis-nos chegados às praias da linha do Estoril, que é como quem diz, à real lixeira que é o Serviço Nacional de Saúde.
Em termos teóricos, a equação socialista que sustenta esta máquina utópica é a seguinte: “Receitas que alimentam o SNS” = “Custos suportados pelo SNS”.
Qualquer um de nós deverá participar em ambos membros, de um modo ponderado com que auferimos.
Na prática estamos perante uma inequação (daquelas bem desequilibradas), pois existem indivíduos que insistem em permanecer unicamente no lado das despesas, ad eternum.
O electricista é o paradigma desses sujeitos. “Factura” é uma palavra que não consta do seu vocabulário, assim como “fisco” ou “declaração de rendimentos”. Em substituição conhece os termos “burla”, “vigarice” e “desenrasca”. Mais, devido ao gosto apurado por cerveja e tabaco, o mais certo é pendurar-se no SNS para solucionar as maleitas que o próprio, de forma consciente e despreocupada, provocou. Para cúmulo, se há hora da morte não restar dinheiro para o caixão e mortalha, ainda teremos de o financiar novamente, a fundo perdido.