sábado, setembro 23

Às armas!

O final do serviço militar obrigatório constitui uma boa oportunidade para nos esquivarmos a dormir com 20 burgessos numa camarata, após termos corrido até à exaustão num campo minado, tomado um banho colectivo de água fria e descascado batatas para o jantar.
Porém, há certos indivíduos que insistem em puxar este tema, apesar de já morto e enterrado. “Já foste tratar do adiamento?” é uma das perguntas com que sou atacado de quando em vez. Qualquer tentativa de argumentar que a tropa é só para quem quer, dá origem a respostas agressivas: “Depois não digas que não te avisei, faltar à recruta dá cadeia!”.
Registe-se a coerência dos nossos camaradas, que insistem em apresentar-se na avenida de Berna para jurarem bandeira, local onde são gentilmente convidados a regressar à vida civil.
Cá para mim toda esta paranóia não passa de uma fantasia sexual recalcada onde tropas de elite, vietnamitas de 11 anos e NAPALM interagem num cenário apocalíptico.