segunda-feira, junho 9

Reconhecimento póstumo

Para os homens das letras a fama surge geralmente muito depois de explanarem o seu génio. Um pouco na linha do que sucede na pintura, para se ser um escritor reputado interessa não só ter uma obra extensa e valorosa, mas sobretudo estar-se morto. Tal constitui uma tremenda injustiça, pois quando chega a hora de dar os autógrafos, gozar os bons carros e viajar mundo fora, já só podemos mandar mudar o veludo do caixão.
Onde quer que se encontrem, Pessoa e Camões devem estar roídos de inveja com a fama que as suas auras foram gerando, anos passados após o seu enterro como miseráveis desgraçados. Pelo que consta na sua memória bibliográfica, eram bem dados ao “putedo” que, como sabemos, vive atrelado ao nível de reconhecimento que um indivíduo atinge.
Dito isto, se alguém vislumbra algum potencial nesta minha escrita apaixonada, que não se sinta inibido de me endeusar de imediato.

1 Comments:

At 11:33 da tarde, Anonymous Anónimo said...

podias ter desenvolvido mais akela cena do putedo, parece k andas a ficar soft, deve ser da namorada deve :p

 

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