As praxes
A época das praxes é um momento único para confraternizar com os dinossauros universitários. Bichos raros, sempre trajados de negro e dignos “representantes” da faculdade, são campeões da cerveja nos arraiais e recordistas de presenças nos exames dos cadeirões. O início do ano é, curiosamente, quando despendem mais energia nos estudos: o melhor processo de “integrar os novos companheiros” envolve planeamento, dedicação e génio, algo que anda afastado de suas carreiras académicas durante o restante período lectivo.
Os praxados, por entre sorrisos amarelos, lá vão fazendo de touros numa arena improvisada, rastejando pela lama e cantando brejeiradas sem nexo na secreta esperança de pertencerem ao rebanho.
A minha experiência pessoal é parca nessas humilhações mas penso que, como acto de justiça, devo manifestar a minha repulsa para com todas as manifestações infames e impunes que os intitulados “estudantes” fazem os mais jovens passar.
Há uma velha máxima do futebol que diz: “Os treinadores passam, o clube fica”. No universo académico o equivalente será: “Os que estudam passam, os veteranos ficam”.
1 Comments:
lolão
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