Grandes Mistérios da Humanidade – Especial Restaurantes

Ir comer a um restaurante pela primeira vez tem tanto de excitante como de problemático. As cinco grandes dúvidas que nos assaltam quando decidimos ficar e consumir são:
- Se abrirmos o pacotinho de manteiga Mimosa teremos que pagar o paté de sardinha Toneca e o queijo Queru?
- As batatas fritas serão caseiras ou pré-congeladas?
- Será que o “bife à casa” não passa de um bitoque com uma fatia de fiambre?
- Ao pedirmos uma coca-cola seremos brindados com a garrafa de 25 ou 33 cl?
- Será que o comentário do empregado “as doses são bem servidas” significa que uma de cozido dá para dois?

Grandes Mistérios da Humanidade – parte III

Tal como as fantásticas sequelas das aventuras de Indiana Jones (cada uma melhor que a anterior), continuo a enumerar uma série de questões insolúveis até ao momento da elaboração destas linhas:
- Porque é que os chineses insistem em brindar-nos com os êxitos da música moderna em pan pipe sempre que ousamos regressar aos seus restaurantes?
- Afinal quem é que traz os presentes de Natal: o velho das barbas, o menino Jesus, a Leopoldina ou os nossos pais? Decidam-se de uma vez por todas!
- Porque será que quanto mais anedotas lemos, menos capacidade temos de recordar uma que seja?
- Não haveria um nome mais condigno que Tó Jó para o mítico assassino satânico de Ílhavo?

Memória volátil

Há determinadas áreas de conhecimento que são incompatíveis com a minha memória: os monarcas portugueses da segunda dinastia, a capital do Wisconsin e qual dos reis magos é o preto, são apenas alguns exemplos.
Frequentar um local desconhecido, a convite de um amigo, proporciona-nos apresentações em cadeia e um teste à nossa capacidade de memorização: “esta é a Vanessa, prima da Marta”; “aquele o José Carlos, irmão do Edgar”, sem esquecer as auto-apresentações: “sou a Soraia, também estudei no IST”; “Fernando Sousa, sou colega do Armando”. Todas estas novidades somadas dão para cima de vinte nomes que ainda por cima temos de associar a rostos e tudo isto em menos de quinze minutos. Depois somos forçados a integrar todo esse novo conhecimento e usá-lo de imediato, sob a pena da nossa amnésia ser facilmente desmascarada ou de termos que passar o tempo a rebentar uma grade de minis, afastados dos demais.

Lanche saudável

Comer fruta ao lanche é um hábito muito saudável mas infelizmente ainda bem longe dos açucarados padrões do repasto à portuguesa. A tradicional carcaça a rebentar de manteiga e o café com leite de proporções desmesuradas não se coadunam efectivamente com as mais recentes directrizes dos nutricionistas.
É por isso que talvez compreenda o porquê de alguns colegas de trabalho se divertirem tanto com as minhas opções alimentares para a pausa das 5 da tarde.
Fiquem sabendo que, ao contrário de bebericar um chá e comer umas bolachas de aveia, devorar bananas (desde que bem longe do anus) não constitui perigo para a reputação de um macho adulto.
Contudo, não pude deixar de me rir quando li o talão de compra do último cacho adquirido, onde constavam alguns exemplares já bem maduros:

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Frutas e Legume:
5% 2076479 BANANA IMPORTAD
0,795 x 0,88 0,70

TALAO INDISPENSAVEL PARA TROCA
PRAZO DE DEVOLUCAO: 15 DIAS
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Regressarei daqui a 15 dias ao Continente para trocar as bananas putrefactas.