domingo, janeiro 24

O casamento gay, carta aberta aos deputados da nação

Caros deputados deste país de brandos costumes que tem por hábito terminar o Festival da Eurovisão com menos pontos do que os que tinha antes do seu representante cantar,

No passado dia 17 de Dezembro a Assembleia da República aprovou a lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Esta mudança radical no padrão da união conjugal que conhecemos levanta, para além de muita polémica e comentários pouco esclarecidos, algumas dúvidas de cariz operacional que gostaria de ver endereçadas:
- Qual o argumento moral para continuar a proibir um indivíduo de contrair matrimónio com o cadáver da tia ou com um husky siberiano? (tenhamos, como premissa base, que todos os intervenientes expressaram o seu consentimento tácito para o acto)
- As designações Presidente da República e Primeira Dama manter-se-ão inalteradas caso os eleitos (e respectivos companheiros) decidam cantar desnudos o YMCA enquanto jogam à apanhada nos jardins do palácio de Belém?
- Poderão existir casamentos a três? (adoraria ficar eternamente ligado a duas gémeas ninfomaníacas que conheci recentemente na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa)

Agradeço resposta célere às questões que coloco, pois as gémeas querem aproveitar os saldos para comprar os vestidos de noiva.

Antecipadamente grato,


David Rocha