domingo, abril 27

Necta brio 3

A histórica SG 200 foi substituída. Rei morto, reis posto: a nova máquina de café – Necta brio 3 – tomou de assalto a copa da empresa.
Levantaram-se entretanto algumas dúvidas relativamente ao modo de funcionamento deste novo aparelho:
1 – Porque será que o “café pingado sem açúcar” vem com colher?
2 – Em que parte dos Açores terá sido criado o engenhoso artífice que escreveu no botão inferior direito “bebida ao gusto chá de limão”?
3 – O que é feito do mítico “capichoc”?
4 – Porque será que, tendo conhecimento do ponto 1, insisto em usar a colher para mexer o preparado?

segunda-feira, abril 21

Pedofilia voyeur não é crime!

Já tive a oportunidade de catalogar o voyeurismo como uma das características mais perversas da sociedade portuguesa. Porém, o facto de algumas pessoas gostarem de ver acidentes com mortos e feridos, combates “vale tudo”, ou programas de culinária, não faz delas condutores assassinos, violentos gladiadores ou apreciadores de língua de vaca estufada com puré.
Assim, como pode existir tamanha unanimidade em sentenciar à morte um pervertido que entusiasma com espectáculos circenses em que menores são violentamente sodomizados, ainda que apenas manifeste a sua tara através do processo juvenil de relaxamento, vulgo masturbação em frente ao computador pessoal? Já dizia a minha tia: olhar não tira pedaço.

segunda-feira, abril 14

A planta do tabaco

Desde a entrada em vigor da lei do tabaco que se assiste a uma mudança radical de comportamento por parte dos fumadores. Finalmente chegou-se ao consenso de que a liberdade de respirar ar puro é maior do que a de fumar em qualquer local.
Há contudo uma atitude que ainda não se alterou, o já patenteado “atirar a beata para o chão” (com ou sem o pisar da mesma).
A pergunta que coloco à esmagadora maioria de primatas que se arroga sujar o espaço público desta forma é: “esse gesto é apenas mais uma manifestação de profundo atraso cultural ou pensam mesmo vai nascer uma planta por entre os interstícios da calçada?”.

sábado, abril 5

Ensinamentos falaciosos

A instrução primária é o período de aprendizagem das bases que alicerçam o conhecimento adulto. É por isso aconselhável que conteúdos leccionados estejam solidamente demostrados e desprovidos de falácias.
Assim, considero inaceitável que se ensinem aos mais novos mnemónicas altamente ardilosas e desajustadas dos princípios da física newtoniana.
Para o operador relacional “>” é costume pedir-se às crianças que dobrem ambos os braços e verifiquem que no direito a força é “maior”. Tal não é, no ponto de vista de quem já foi agredido por um canhoto, uma verdade universal.
Pessoalmente, aprendi com a professora Zulmira a distinguir a esquerda da direita. Segundo as suas instruções precisas, esquerda era o lado da sala de aula onde se encontrava a janela, sendo direita o da lareira. Tal não deixaria de ser absolutamente verdade, se nessa saudosa época não passasse a maioria do tempo virado para trás...