terça-feira, maio 31

Projecto de Lei – Adopção

Esta é, decididamente, a derradeira tentativa de amenizar todo o “mal” que provoquei na minha curta existência como blogger.
Acusado de racista, homofóbico e mulherengo está na altura de um mea culpa!
Assim, por forma a redimir-me dos meus pecados, espero catapultar a evolução de mentalidades no nosso país, através de uma contribuição simbólica sob a forma de Projecto de Lei. Este, basicamente, viabilizará a adopção de crianças exclusivamente por parte de casais homossexuais mestiços, sendo entre esse universo dada preferência a transexuais zoófilos-necrófilos.
O projecto abarca ainda algumas cláusulas que subsidiarão os pais adoptivos (sendo que pais = pai + pai ou mãe + mãe) através de impostos de contribuintes heterossexuais homens, usufruindo ainda de reduções na taxa de IVA para aquisição de vibradores, indumentária de marinheiro, itens variados em latex e vaselina.
Serão ainda atendidas em primeiro lugar as suas demandas médicas por cirurgias plásticas e de transformação corporal ao invés de cirurgias de urgência em caso de enfartes do miocárdio ou AVC’s de cidadãos não-gays.

terça-feira, maio 24

Paradigma Meteorológico

A solução para o fim da época de seca por que passamos é urgente! Ao invés de pedirmos água (ou de implorarmos para que ela desapareça em tempo de inundações) será mais proveitoso definir o conceito “clima perfeito” e depois rezar por ele. Faremos deste modo a nossa parte e os Deuses, se quiserem, tratarão de construir barragens e de gerir os nossos recursos hídricos. É o mínimo exigível para justificarem o culto.
Assim o paradigma é (tomem nota):
“Calor, mas moderado. Terá de ser o suficiente para ir à praia mas tem de permitir desfrutarmos dos prazeres da lareira, das botinhas de lã ou de um cacau quente. Poderá apenas chover em rios, albufeiras e culturas que o requisitem com a devida antecedência nunca atingindo qualquer ser humano ou via de comunicação. Sem prejuízo das condições supracitadas o céu deverá estar limpo e o vento soprar moderado, uma ligeira brisa que não despenteie o cabelo mas que permita levantar as saias da Marilyn Monroe.”

terça-feira, maio 17

Gipsy Kings

Todos estamos sensibilizados para as condições precárias das minorias no nosso país. As africanas encarregam-se dos trabalhos de limpeza doméstica, os ucranianos “dão o corpo ao manifesto” na construção civil, as brasileiras fazem o mesmo, mas nas ruas... e os ciganos? Hábeis comerciantes, exemplos de poupança, paradigmas de honestidade e trabalho, são referência para todos os que desejam singrar na vida. Senão vejamos:
- Pagam os seus impostos atempadamente;
- Não excedem o nível de ruído máximo legal nas suas habitações em festas escabrosas;
- Não traficam droga;
- Encontram-se perfeitamente integrados na vivência das comunidades que os recebem;
- Passam sempre a factura dos artigos, legalmente adquiridos, transaccionados em locais próprios;
- O nível de insucesso escolar dos jovens é residual;
- São incapazes de ataques sangrentos à navalhada.

terça-feira, maio 10

SEXO SEXO SEXO

Resulta, é um facto! Um título sugestivo muda tudo.
Fui “comido” desta maneira (salvo seja!) uma vez na faculdade. Percorrendo os placards repletos de anúncios deixados por alunos observava os títulos recorrentes: “Aluga-se quarto”; “Explicações”; “Vendo livros”…não estava nada à espera de encontrar um com “SEXO” escrito a letras garrafais. Tratei logo de ler o anúncio… Rapidamente entendi que caíra no engodo, tratava-se de um engraçadinho que tinha resolvido usar o termo para chamar a atenção: queria vender uma calculadora HP. A minha exaltação passou depressa pois de imediato compreendi o potencial sugestivo do cabeçalho. As possibilidades são infinitas: abertura de noticiários, publicidade ao domicílio, recitas de culinária, designação para centro de massagens, título de um post

terça-feira, maio 3

Bica Cheia

O bar da minha faculdade é, sem qualquer margem de dúvida, o local de eleição para aprender. Os anfiteatros supostamente dever-nos-iam embeber em conhecimento, porém a triste realidade é que cheiram a mofo e têm o ar condicionado a “soprar” ar frio em pleno Inverno. O bar, ao invés, com a sua reconfortante atmosfera viciada pelo fumo dos tabagistas, cria o ambiente perfeito para troca de experiências lúdicas e educativas.
Esperava eu por um croissant com ovo, quando reparei que dois indivíduos tinham pedido café. Acontece que um deles tinha especificado “bica cheia” pelo que o empregado que tratava dos mesmos procedeu de forma a que o desejo do cliente fosse satisfeito. Assim, entregou as duas chávenas de café à empregada que os serviria ao balcão. A moçoila, magricela, na casa dos 30 e, arrisco dizer, desprovida de qualquer capacidade cognitiva, olhou para os cafés, virou-se para o colega e perguntou: “qual delas é a cheia?”.