domingo, junho 17

Trás!

Goebbels sustentava que uma mentira repetida muitas vezes se transforma numa verdade. Com a ortografia é mais ou menos o mesmo. Isto de ter um blog com trás no nome fez-me recentemente assumir estranhas formas no verbo trazer, inexistentes até ao início das minhas confusões.
Há também um senhor que, martirizado por constantes enganos, começou a fazer acompanhar cada “a” isolado de um “h” inseparável. Tome-se o seguinte exemplo:

“Vou há praia, e há que ver que o sol está forte há brava.”

Eu, felizmente, fico-me apenas pelo trauma do trás.

segunda-feira, junho 4

A contradição do biquini

O “contexto” é geralmente usado pelos políticos para se esquivarem às farpas da comunicação social, quando são apanhados numa gaffe ou numa afirmação menos própria.
Também as métricas do pudor mudam facilmente consoante a situação. Não me lembro de ver uma senhora em cuecas e soutien caminhando descansadamente pela rua num dia quente, mas é rara aquela que se passeie vestida na praia. Mais, as amantes do top less ficam-se apenas por um decote avantajado quando se encontram arredadas da zona balnear.
Será impressão minha, ou não estaremos perante os mesmos seios que baloiçavam como gelatina enquanto as madames corriam de raquete em punho junto à água?